A fase do último trimestre gestacional e a fase do puerpério são as que mais evidencia-se diversas sensações como ansiedade, angústia, medo, alegria uma mistura de tudo que associada a questões de predisposição genética pode desencadear a chamada Depressão pós parto um quadro grave que se caracteriza por esgotamento emocional profundo, tristeza, irritabilidade, crises de choro, sensação de incapacidade aos cuidados com o bebê, ausência de vínculos com o bebê e apatia reentrante que pode comprometer a saúde da mãe e do bebê, com duração geralmente de 4 a 18 semanas após a nascimento, os sintomas vão se intensificando com o passar das semanas, sendo importante destacar que é uma condição que foge ao controle das mães.
Em cerca de 80% dos casos que apresentam esses sintomas nos primeiros dias de vida do bebê esse quadro é chamado de baby blues, uma oscilação de humor ocorrida muitas vezes por questões hormonais e estresse enfrentando até o nascimento, que geralmente se normaliza dentro de 7 a 10 dias com intensidade menor que a depressão pós parto.
Pelo olhar da Psicologia a Depressão pós parto está diretamente ligada a questões emocionais, pois se tornar mãe é um fenômeno complexo que envolve o desenvolvimento de diversos aspectos da personalidade da mulher. Junto ao nascimento da criança, nasce uma mãe e morre uma esfera da mulher, para que um novo modo de estar no mundo se desenvolva, aquela mulher já não será a mesma mulher de antes e juntamente com esse novo papel que transforma o íntimo da mulher, um conflito se instala externa e internamente, lidar com essas diversidades de fatores já é um fator de risco para depressão pós parto, mas ainda há aspectos muito singulares que envolve a vida particular de cada mulher, como sua história de vida, simbolização da gestação e rede de apoio, são alguns dos fatores que podem ser fator de risco ou proteção.
Cada mulher é única e seu processo de se tornar mãe vai ser único também, mas existem alguns sinais de alerta que devemos ficar atento como desânimo persistente, insônia ou excesso de sono, diminuição da libido de forma exacerbada, muito medo de machucar o bêbê ou recusa do mesmo e em casos mais graves pensamentos de incapacidade e ou suicidas.
Já nos quadros onde se desconfia da Depressão pós parto é importantíssimo procurar auxílio de um Psicólogo para compreender e minimizar os danos na relação mãe e filho. Medos e inseguranças fazem parte desse processo e a psicoterapia mesmo em casos não patológicos é uma ferramenta de enfrentamento que contribui para o desenvolvimento dessa mãe que junto ao seu filho também está em crescimento. A mulher não nasce mãe, ela se torna mãe em um determinado momento da vida.
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